quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

A Árvore da Esquina

Você se foi caro amigo e o que mudou?
Talvez existam mais ou menos folhas naquela árvore da esquina.
A brisa dessa manhã parece um pouco mais suave, talvez.
Pode ser que o mar esteja mais agitado, mas continua sendo o mar.
O sol brilha amarelo e impassível e sublime e voltará amanhã.
Alguns pássaros sonolentos passam ao longe, talvez mais do que ontem.

Pessoas continuam andando de um lado para o outro na cidade.
Sinais abrem e fecham como antes de você partir.
Uma nuvem solitária procura o horizonte vermelho e...
Na verdade, nada mudou com a sua partida, amigo!
A Terra continua girando apesar do seu desembarque inesperado.
E a árvore da esquina ali
Indiferente a tudo
Despida de saudade.
Como se vida e morte fossem assim tão naturais.

Amamos, rimos, sonhamos, sofremos, choramos...
Mas tudo acaba quando a vida finda
Quando nasce a morte.

Será caro amigo, que quando eu partir a árvore da esquina continuará assim tão indiferente?

Nenhum comentário:

Postar um comentário